sábado, 14 de abril de 2012



Gênesis 7, Versículo 9.

É uma arma branca em um peito aberto, em minutos...
Separando a carne imunda para o avesso do sétimo dia.
Talvez, Noé não tivesse razão... Então!
Sem resmungos, vou ruminando sobre a ração, na minha porção.
Não me incomodo, sei que irei me acomodar no devido lugar.
Concentrando-me no quadrado...
E o sozinho vizinho novilho ao lado a me olhar,
e eu a olhar este mar de esterco á frente, e o
o leitão são na flagela de sua engorda,
com o seu sonho de Alentejo acima de seu focinho.
Econtro o teu  alento no festejo para com seus pedaços,
em um futuro sábado mundano qualquer.
O corpo não gira, a cabeça imagina...
Há o abetodouro no alto junto ao curtume azedo,

o odor a arder as minhas dores...
Estico-me no  barro e vou bebericando,
são goles abismais, tropeços de absinto.
Vivo no fim, cada dia na fila certa do canto do curral,
no cruel destino ao cair no prato do padre ou
despejado na pedra do despacho.
Na saída da porteira, vou às estribeiras...

Á liberdade da morte, bem aventurada seja!
Procriarei azia no culto, azia no pecado do cachaço da cidade.
Pois eu sei que a costela vai saltar, vai assar nas bocas crentes.
Com uma marca na embalagem e uma mancha roxa no rabo...
No natal ou no carnaval... Alguém pediu meu pernil?
Foi àquele senil pastor! Dei-me minha maça, senhor!

JK


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