BRIZA
No barco me calo e bocejo ao som baixo do fado,
velejo no meu mar e atravesso pelo teu avesso,
pesco os seus sonhos entre tufões e os náufragos,
viro a página vazia e encho-me de ondas pacíficas.
Busco em ti pela boa briza da tarde, apenas em teu olhar,
Serenamente e com os pés apoiados em teu colo; á observando...
No Profundo azul de teus olhos.
Ancorado, escrevo sobre a sombra as nossas sobras,
viro a página vazia e encho-me de ondas pacíficas.
Busco em ti pela boa briza da tarde, apenas em teu olhar,
Serenamente e com os pés apoiados em teu colo; á observando...
No Profundo azul de teus olhos.
Ancorado, escrevo sobre a sombra as nossas sobras,
construo amigos entre areia, neblina e vento,
vigio os cavalos marinhos, e desenho as rochas com carvão,
vigio os cavalos marinhos, e desenho as rochas com carvão,
reformo o amor com gravetos e um pouco de cor,
Invento uma sereia e retiro teu en(canto) pela dor,
acho o vosso santo, toco teu céu, caio pela cólera.
Tranco-me em um velho escafandro no fundo do oceano,
me inundando de Magóas...Mudo para o Mundo acima.
me inundando de Magóas...Mudo para o Mundo acima.
Emanando o som das conchas, afogando-me entre tuas cochas.
Solto; cruzo o revolto índico a nado, tocando o outro lado seco,
cego de sal, ferido de anzol, suspenso por linhas e arpões,
carregado por Orcas e Cachalotes, arremessado ao píer,
suspirando o sol, apontando a gaivota e o seu voo final,
envolto na fina rede do teu dolente pescador.
Calado no cais do lado de cá. Aportando...
Encerrando o fardo desse além-mar.
(JK) letra e foto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário