terça-feira, 10 de abril de 2012



Luz
Apague essa luz...
Olha o baixo, abaixa!
É a bateria, agache!
Sua cabeça bate, dói...
Não nos delate! Corre...
do burro e do murro, na levada do bumbo.
E eu te espero em cima do muro,
no alvo, na curva , na cova.
Embaixo do corpo sem idade.
Na guia, na cidade, atrás do poste pichado,
fichado com o cano na boca,sem Dropes

pisado com boa dose de Dops.
Escute o surdo e pise fundo...
Sem sussurros! Estamos nus e mudos,
lá no baixo Luz, no porão sem cruz.
Na forca sem benção, na força que falta,
Colhendo o som da cabeça que rebate
nas grades, no chumbo.
Acenda sua vela, Faça-se a luz!
Sem tambor? Sem amor!
Eis só o gole dessa dor,
na batida do atabaque para bater teu orixá,
Sem gira, no batuque da ira.
Bate, bate... Até não bater mais,
olha o breque, olha o apito!Ficou vivo?
Vai ser na sombra da queda ou pendurado pela janela?
Um tiro no ouvido, Estampido... Choque!

Não chore, apenas volte e toque aquele acorde.

Acenda essa luz...
Faça-se jus!

jk___



capovilla-peixoto-vlado



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